Lula paga R$ 10 bilhões em emendas em 2 dias

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O pagamento de emendas parlamentares atingiu um novo ápice nesta semana. De acordo com o sistema Siga Brasil, o governo Lula desembolsou nos dias 11 e 12 de dezembro um recorde histórico para apenas 48 horas de R$ 9,9 bilhões em emendas ao Orçamento propostas por deputados e senadores.

Com isso, o governo chega a R$ 39 bilhões pagos em emendas no ano de 2023. O valor inclui restos a pagar de emendas que haviam sido apresentadas por congressistas em mandos anteriores.

A cifra confirma o que mostrava no início da semana, que o governo liberaria R$ 11 bilhões de emendas durante o mês de dezembro. A ideia é usar a fisiologia, como se diz no jargão político, para tentar aprovar nesta semana projetos prioritários, como a Medida Provisória 1.185, da subvenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e o texto das apostas esportivas on-line, que taxa empresas do setor das chamadas bets.

Lula resolveu antecipar a liberação de dinheiro para garantir apoio dentro do Congresso.

O 1º desses projetos pode arrecadar R$ 35 bilhões em 2024, mas deverá ser desidratado. Já o 2º deve arrecadar R$ 1,6 bilhão.

Há ainda a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, que foi votada pelo Senado e precisa da palavra final da Câmara dos Deputados para que a proposta seja promulgada ainda em 2023.

Os R$ 39 bilhões são o recorde de pagamento registrado no sistema Siga Brasil, que traz o acompanhamento de emendas desde 2018.

Governadora Raquel Lyra prestigia inauguração de nova unidade do Assaí Atacadista e destaca ações do Estado para incentivar a geração de empregos

A governadora Raquel Lyra participou, na manhã desta quinta-feira (14), da inauguração do Assaí Atacadista, localizado no bairro da Madalena, no Recife. A empresa inaugura mais uma unidade no Estado nesta sexta-feira (15), em Olinda, criando 1 mil empregos diretos e indiretos somando as duas lojas. Com os novos empreendimentos, a companhia chega a 14 unidades em Pernambuco, instaladas também nos municípios do Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Caruaru, Garanhuns, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Petrolina e Serra Talhada.

“No momento em que Pernambuco inicia um processo de mudança, de garantir que possamos devolver o Estado ao seu lugar de liderança do Nordeste brasileiro, somam-se investimentos relevantes que permitem gerar mais esperança no coração da nossa gente. A instalação de mais um empreendimento como este, além de ajudar a circular a economia, também oferece mais oportunidades para o povo pernambucano. Estamos virando o jogo, fazendo alianças, e o setor privado é o eixo fundamental disso”, destacou Raquel Lyra.

Presente na solenidade, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, ressaltou a importância da confiança do setor privado na economia de Pernambuco. “Ficamos muito felizes de ver grandes grupos brasileiros e internacionais voltando a investir no nosso Estado. Tivemos, em novembro, o melhor mês da nossa economia nos últimos anos, e iremos melhorar cada vez mais”, enfatizou.

Com a inauguração da unidade no Recife, a loja também será a sede do escritório regional do Assaí no Nordeste, responsável pela operação de 81 unidades da rede. “Pernambuco é um dos estados mais importantes do Brasil e da região Nordeste, indiscutivelmente. O Assaí está aqui há mais de uma década, então a inauguração dessa loja representa uma crença no Estado e no seu potencial”, comemorou o presidente do Assaí Atacadista, Belmiro Gomes.

Atuação de José Patriota é fundamental na aprovação da redistribuição do ICMS aos municípios de Pernambuco

O deputado estadual José Patriota (PSB) desempenhou um papel crucial na aprovação do Projeto de Lei Ordinária nº 1506/2023, que trata da redistribuição da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os municípios pernambucanos. A matéria foi aprovada nesta quarta-feira (13) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), e a atuação incansável de Patriota foi reconhecida e aplaudida pelos colegas parlamentares durante a reunião plenária da casa.“Com a experiência de 10 anos que tive como presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) não poderia me furtar de participar desse debate. Conseguimos aprovar o projeto com uma emenda ao que o Governo do Estado havia enviado. Emenda a essa que garante que os menores municípios, aqueles de até 30 mil habitantes, não tenham perdas e nem saiam prejudicados na distribuição do bolo”, afirmou o ex-prefeito de Afogados da Ingazeira.Patriota também foi importante na articulação ao lado do presidente da Alepe, o deputado estadual Álvaro Porto (PSDB)- que resultou no gesto do prefeito do Recife João Campos (PSB) abrindo mão  de 7,5 milhões de reais do potencial de arrecadação da Capital Pernambucana em prol dos municípios menores. “Precisava alguém fazer o gesto, e em uma atitude de compromisso com o municipalismo, João foi fundamental para que conseguíssemos esse acordo”, disse o deputado.Em setembro, o deputado propôs a criação do Fundo Estadual de Apoio Financeiro aos Municípios (FEAFIM), dedicando uma porcentagem do ICMS para investimentos municipais. Após , a proposta ter sido retirada de pauta, em solicitação a um pedido do coletivo de prefeitos e prefeitas, José Patriota participou ao lado de outros deputados, representantes do Governo do Estado e da Amupe do Grupo de Trabalho que tratou da questão.“Agradeço a todos os deputados e entes que participaram e demonstraram, independente da cor partidária, que estão ao lado dos municípios, que perderam bastante arrecadação nos últimos anos e precisavam desse alívio”, pontuou Patriota. “Se não é o ideal, esse acordo garante que as políticas públicas sejam realizadas, melhorando a vida da população”, concluiu.

Em um ano, governo Raquel Lyra bate recorde e reforça serviços públicos com 5,2 mil novos servidores nomeados

Foto: Miva Filho/Secom
Com o objetivo de reforçar os serviços públicos do Estado, o Governo de Pernambuco nomeou, este ano, 5.203 novos servidores. É o maior número de servidores convocados nos últimos seis anos e um recorde para o primeiro ano de uma administração. Educação, saúde e segurança foram as áreas mais beneficiadas, com 5,1 mil novos profissionais. O esforço do governo de Pernambuco ocorreu em meio à reorganização das contas públicas estaduais e tem relação direta com o esforço da nova gestão em reduzir custeio não obrigatório para reforçar a entrega e a qualidade de serviços públicos. 
 
“Os novos profissionais que passam a integrar o quadro de servidores do Estado vão nos ajudar a fazer Pernambuco crescer sem deixar ninguém para trás, reforçando e melhorando serviços oferecidos em áreas prioritárias, como educação, saúde e segurança pública. O cuidado com a vida dos pernambucanos sempre será prioridade em nosso Governo”, afirma a governadora Raquel Lyra.
 
Para a secretária de Administração, Ana Maraíza, esse recorde representa um marco que beneficia toda a população. “A partir das novas nomeações, a sociedade ganhará serviços públicos mais eficientes. Esse aprimoramento das políticas públicas reforça o compromisso da administração estadual com todos os pernambucanos”, destaca a titular da pasta.
 
Na área da educação, o Governo de Pernambuco realizou o maior ato de nomeação de candidatos aprovados em concurso público para professores da rede estadual dos últimos dez anos. Foram 3.035 novos profissionais aprovados no certame de professor efetivo da Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio). Além disso, outros 830 profissionais também foram convocados, sendo 488 para analista em gestão educacional, 96 assistentes administrativo educacional e 246 professores da Universidade de Pernambuco (UPE).
 
Já na segurança, com o objetivo de fortalecer o sistema prisional de Pernambuco, a gestão Raquel Lyra nomeou 411 policiais penais, número que representa mais que o dobro do previsto no concurso, realizado em 2021, com vistas à convocação de 200 profissionais. Além da convocação dos novos profissionais, o Estado também tem consolidado o direcionamento de recursos para o setor. A destinação de R$ 105 milhões já está prevista na proposta de orçamento de 2024 para o sistema prisional do Estado. O capital deverá ser empregado na conclusão de obras e na aquisição de equipamentos de segurança, entre outras finalidades. Com as nomeações, a proporção de presos para cada policial penal em Pernambuco diminuiu de 24 para 16.  Na Secretaria de Defesa Social, 93 profissionais irão intensificar o trabalho de policiamento nos municípios.

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Papa Francisco disse que não quer ser enterrado no Vaticano

Por g1

Governadora Raquel Lyra agradece aprovação do projeto de lei do governo que redistribui ICMS para municípios mais necessitados

 
Esperada há mais de dez anos, nova fórmula proposta pela gestão Raquel Lyra é fruto de intenso diálogo do Palácio com municípios, garantindo mais justiça tributária
 
Proposta da governadora Raquel Lyra, o projeto de lei que garante a distribuição mais equitativa da parcela do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) destinada aos municípios pernambucanos foi aprovada nesta quarta-feira (13) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O texto, aprovado por 34 votos a favor e 2 contra, também assegura que nenhum município receba em 2024 um repasse de ICMS inferior ao do ano de 2023. O projeto de autoria da governadora é pleito da causa municipalista há mais de dez anos e reforça a parceria entre o Governo do Estado e os municípios, sobretudo os com orçamentos mais apertados e menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). 
 
“Agradeço às deputadas e aos deputados pela aprovação da proposta que enviamos garantindo mais justiça tributária na distribuição do ICMS a partir do ano que vem. Com muito diálogo e respeito às demandas dos prefeitos, da Associação Municipalista de Pernambuco, avançamos em uma demanda esperada por vários anos, e começaremos o ano que vem reforçando o caixa dos municípios que mais precisam, que são menores e muitas vezes mais distantes. É com gestos concretos e muita responsabilidade que estamos entregando a mudança que Pernambuco precisa”, declarou a governadora Raquel Lyra.
 
Com o novo projeto, municípios com menor IDH terão aumento na receita do ICMS. Entre alguns deles estão Água Preta, na Zona da Mata Sul, com expectativa de um incremento de 121,57%, Brejo da Madre de Deus, no Agreste, com perspectiva de aumento de 105,78%, e São José do Belmonte, no Sertão, que deve alcançar um incremento de 86,31%.

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Futuro ministro do STF, Dino herdará 344 ações do gabinete de Rosa Weber

Futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino herdará 344 ações que estavam no gabinete de sua antecessora, Rosa Weber.

Dino foi aprovado para a Corte em votação na quarta-feira (13) no plenário do Senado.
Entre ações, estão inquéritos de interesse do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como as investigações contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além da descriminalização do aborto. Dino foi indicado para o STF por Lula em 27 de novembro.

Ação contra ministro

No caso do inquérito contra Juscelino Filho, trata-se da investigação relacionada à Operação Benesse. A Polícia Federal (PF) investiga suspeitas de fraude em licitações, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro com verbas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Em nota divulgada no início de setembro, a defesa de Juscelino negou qualquer irregularidade cometida pelo ministro. “Toda atuação de Juscelino Filho, como parlamentar e ministro, tem sido pautada pelo interesse público e atendimento da população. É importante ressaltar que Juscelino Filho não foi alvo de buscas e que o inquérito servirá justamente para esclarecer os fatos e demonstrar que não houve qualquer irregularidade.

Investigação contra Bolsonaro

Dino também deve assumir a Petição 10064, na qual a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Pandemia pede que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros agentes públicos sejam investigados por incitarem a população a adotar comportamentos supostamente inadequados para o combate à Covid-19.

Aborto

O ministro também deverá relatar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1087, em que o Partido Liberal pede que a punição para abortos provocados por terceiros seja equiparada à do crime de homicídio qualificado.

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No lançamento do Minha Casa Minha Vida Cidades, em Brasília, governadora Raquel Lyra destaca avanços da política habitacional em Pernambuco

Evento apresentou as modalidades que têm o objetivo de ampliar o alcance do programa federal através de parcerias com os estados.

Durante cerimônia de apresentação do Minha Casa Minha Vida Cidades, nesta quarta-feira (13), em Brasília, a governadora Raquel Lyra apresentou as ações realizadas pelo Morar Bem PE, política habitacional do Estado. Ao lado do ministro das Cidades, Jader Filho, a gestora reforçou a importância da iniciativa por parte do governo federal e agradeceu a parceria para ampliar o acesso à casa própria para os pernambucanos.

“Temos trabalhado com uma política habitacional ampla com o Morar Bem PE. Nestes 12 meses já realizamos a entrega de 696 unidades habitacionais. Também conseguimos mais de 10 mil casas do Minha Casa Minha Vida faixa 1. Já temos 30 mil inscritos no Entrada Garantida e entregamos 3.922 títulos de propriedade. Sem dúvidas, precisamos alavancar recursos, movimentar a construção civil, que é a indústria que retoma empregos mais rápido no nosso Estado. Agradeço ao Ministério das Cidades e ao presidente Lula pelas parcerias que estamos conseguindo fazer para avançar ainda mais”, ressaltou Raquel Lyra.

O Minha Casa Minha Vida Cidades tem o objetivo de facilitar o acesso de famílias de baixa renda ao crédito habitacional por meio do aporte de contrapartida da União oriunda de emendas parlamentares de estados e municípios. O ministro das Cidades, Jader Filho, reforçou a parceria com o Governo do Estado para ampliar o benefício do programa. “O que permite que mais famílias tenham acesso ao programa é a união com os estados. Por isso, agradeço a presença da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que vem fazendo esforços junto aos municípios para ampliar os financiamentos pelo Minha Casa Minha Vida. No início do ano, nossa meta era de 375 mil unidades financiadas e já chegamos a 500 mil por todo o país”, afirmou.

Por meio do Morar Bem, já foram entregues 696 unidades habitacionais e 3.922 títulos de propriedade. Já na modalidade Entrada Garantida, que concede subsídio de até R$ 20 mil na entrada do imóvel, o Estado conta com 30 mil inscritos.

Também presente no evento, a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Simone Nunes comentou sobre a importância da iniciativa. “Assim como o Minha Casa Minha Vida, o Morar Bem também tem diversas modalidades. Entre elas, temos a regularização fundiária, entrega de habitacionais e o Entrada Garantida. Pernambuco foi pioneiro com o Morar Bem PE e o MCMV Emendas, em que os parlamentares podem alocar recursos para poder aumentar o número de casas. E esse é um nicho que o Governo de Pernambuco está fazendo uma conscientização com os parlamentares para ter essa captação destinada para habitação”, concluiu.

Piso da enfermagem: profissionais da saúde podem não receber valor da portaria que garante empregos

Categoria continua mobilizada pelo piso salarial. Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilPara evitar possíveis demissões e prejuízo aos trabalhadores e empregadores, ministros do STF votam para estabelecer o piso com base na remuneração. O julgamento continua no plenário virtual até 18 de dezembro

Após sucessivas negociações, os enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras de todo o país podem não receber os valores estabelecidos pela portaria MS 597/2023, que definiu o salário base da categoria e especificou como deve ser feito o repasse de recurssos para o pagamento do piso nacional da enfermagem.

De acordo com a advogada especialista em direito do trabalho, Camila Andrea Braga, no julgamento de recursos contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que acontece na Corte até 18 de dezembro — e que estabeleceu parâmetros sobre o piso da categoria — os ministros têm seguido uma tendência de votos que sugerem um acordo para fazer o cálculo do salário com base na remuneração e não no valor estabelecido pelo piso.

“Quando você considera o piso da categoria no valor previsto na lei, significa que todos os valores devem ser considerados com base naquele valor. Quando você considera o valor global, significa que o profissional de enfermagem, dentro dos diferentes níveis, não pode receber menos do que aquilo, considerando a remuneração como um todo. Então aí poderia ser pago um salário base menor, desde que ele tivesse outros elementos de remuneração”, explica.

Caso o STF mantenha a tendência de votos, Braga reconhece que existe a possibilidade de o cenário não ser o esperado   — e esteja mais distante do ideal no exercício da profissão. “Para ganhar mais você tem que ter o emprego, que é o que as empresas estão dizendo que não conseguem manter com o que está sendo garantido no piso. A saída que tem sido encontrada pelos ministros seria não considerar o salário base, mas sim a remuneração”, observa.

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Câmara aprova auxílio para alunos de baixa renda do ensino médio

Palácio do Congresso Nacional na Esplanada dos Ministérios em BrasíliaAgência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o projeto de lei que cria um incentivo financeiro para alunos de baixa renda do ensino médio se manterem na escola e concluírem o ensino básico. O texto cria um fundo com aporte de até R$ 20 bilhões que poderá ser feito pela União para cobrir as despesas. A proposta agora segue para análise do Senado.

O texto prevê o pagamento de dois tipos de auxílio, com valores ainda a serem definidos. O primeiro auxílio será pago mensalmente, ao menos por nove meses ao ano, e poderá ser sacado a qualquer momento. A proposta prevê ainda um pagamento anual ao final da conclusão de cada ano letivo, mas o saque, nesse caso, só poderá ser feito após a conclusão de todo o ensino médio.

O aluno ainda deverá ter uma frequência escolar de 80% dos dias letivos, devendo aumentar para 85% de presença na sala de aula em até três anos após o início do programa, sendo essa frequência superior aos 75% hoje exigidos para aprovação escolar.

O benefício poderá ser pago aos estudantes regularmente matriculados no ensino médio das redes públicas e que sejam de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÙnico) dos programas do governo federal, com prioridade para aqueles alunos de famílias com renda per capita mensal de até R$ 218. O incentivo também poderá ser pago aos estudantes da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), mas somente se tiverem entre 19 e 24 anos.

A seleção dos alunos deve obedecer aos critérios de inscrição do CadÚnico e poderá ter outros critérios fixados em regulamento do Executivo baseados em vulnerabilidade social, idade do estudante e modalidade de ensino. A relação dos estudantes beneficiados deverá ainda ser disponibilizada na internet com acesso público.

O valor do auxílio deve ser definido periodicamente pelo Executivo federal por meio de regulamento “em decorrência da dinâmica socioeconômica do país e de estudos técnicos sobre o tema”. Porém, ao analisar o projeto, o governo estimou que seria possível pagar aproximadamente R$ 200 mensais, iniciados quando a matrícula for efetivada. Em relação ao aporte anual, a previsão é de um pagamento de R$ 1 mil ao final da conclusão de cada ano, “reiterando que estes últimos somente poderão ser resgatados após a obtenção do certificado de conclusão do ensino médio”.

O projeto de lei definiu ainda que esse auxílio não pode ser contabilizado no cálculo da renda da família usado para obtenção de outros benefícios assistenciais, mas não poderá ser acumulado com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou com Bolsa Família no caso de famílias unipessoais.

Combate à evasão escolar  

O relator do projeto na Câmara, o deputado Federal Pedro Uczai (PT-SC), aproveitou no texto a maior parte da Medida Provisória 1.198, editada pelo governo federal no final de novembro e que instituiu poupança para incentivar a permanência e conclusão escolar para estudantes do ensino médio.

“O aumento de gastos promovido por essa política pública se reverterá em benefícios inequívocos para as políticas educacionais, com redução da evasão escolar e ampliação da escolaridade da população em geral”, argumentou Uczai.

O parlamentar defendeu a aprovação do projeto devido aos números do Ministério da Educação (MEC) sobre evasão, reprovação e distorção entre idade e série no Ensino Médio brasileiro. Segundo o Censo Escolar de 2019 a 2022, a evasão escolar foi, em média, de 8,8% no 1º ano do Ensino Médio, de 8,3% no 2º ano e de 4,6% no 3º ano da última etapa da educação básica.

O projeto é de autoria da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) que, durante a sessão, destacou que o aluno não deve abandonar os estudos por precisar levar comida para dentro de casa.

“Quando fazemos uma política pública para dizer que nenhum aluno vai ter que escolher entre o prato de comida, entre levar dinheiro para casa e terminar os seus estudos, essa é a melhor aposta que podemos fazer, essa é a sinalização mais forte de que, de fato, acreditamos que vale a pena investir em educação, acreditamos que vale a pena investir nesses jovens”, destacou.

Fundo Social  

Os recursos que a União usará para bancar essa política virão dos superávits financeiros do Fundo Social (FS). Criado para receber recursos do governo federal com exploração do petróleo do pré-sal, esse fundo prevê o financiamento de ações em outras áreas, como saúde pública, ciência e tecnologia, meio ambiente e mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

O relatório do deputado Pedro Uczai determina que o projeto autoriza o uso de recursos do Fundo Social, que somam R$ 18,7 bilhões, que representa o total de superávit apurado entre 2018 e 2022, segundo cálculos da Secretaria do Tesouro Nacional.