Com alta dos juros, cresce investimento em renda fixa em Pernambuco

Levantamento feito pelo Santander Brasil mostra que ela representa 41% do total da carteira dos pernambucanos (Reprodução/Pixabay)
(Reprodução/Pixabay)

Por: Diario de Pernambuco

Um levantamento realizado pelo Santander Brasil entre os meses de julho de 2021 e março de 2022 apontou um aumento na parcela de pernambucanos que optam por investir na renda fixa. De acordo com o estudo, o percentual subiu de 38,51% para 41,14%. O número é superior a média nacional, 39%.
Na avaliação dos especialistas, a principal motivação é a crescente alta nos juros. Durante o período analisado, a Selic (taxa básica do país) passou de 4,25% para 12,75%. Atualmente, a taxa está em 13,25%.

“A renda fixa sempre teve um protagonismo grande entre os brasileiros e, com os dois dígitos na taxa de juros, isso fica ainda mais evidente. Esse aumento na modalidade também mostra um apetite menor ao risco em um ano bastante desafiador para os investimentos”, afirmou Luciane Effting, superintendente executiva de Investimentos do Santander Brasil.

Com a busca por mais segurança, a previdência privada aparece como a segunda em preferência pelos investidores analisados em Pernambuco, seguindo a tendência nacional. De acordo com o levantamento, de julho de 2021 a março de 2022, essa parcela caiu de 29,15% para 29,04%.

Os fundos de investimento são o terceiro investimento preferido dos pernambucanos, com 22,77%. Em julho de 2021, essas aplicações ocupavam 24,66% da carteira dos moradores do estado.

Junto com a renda fixa, os Certificados de Operações Estruturadas (COEs) também tiveram crescimento entre os investidores pernambucanos ano passado para este ano, chegando a 1,95% em março de 2022 do total.

De acordo com a pesquisa do Santander, a captação foi destaque, saindo de R$ 184 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 555 milhões no mesmo período deste ano, o que representa um crescimento extraordinário de mais de 300%.

“Num cenário de tanta incerteza, como o atual, essas estruturas são uma oportunidade para os clientes, já que é possível apostar na alta de um determinado índice com garantia do capital protegido. As mais demandadas têm sido do tipo ganha-ganha, onde o cliente acredita na valorização de um índice (como Ibovespa, S&P500 ou IPCA) e, caso não aconteça, ele ganha um retorno fixo como 10% ao ano, por exemplo”, destacou Luciane.