O prefeito Ângelo Ferreira, de Sertânia, após quase 8 anos de mandados, resolveu, no apagar das luzes de sua gestão, apresentar um Projeto de Lei na Câmara de Vereadores, denominado de “Sertânia Alimenta”, o qual sem dissertar como serão os critérios, distribuirá em torno de 5 mil cestas básicas em 2024, mesmo no ano das eleições municipais.
De acordo com o Blog Tribuna do Moxotó, o que chamou a atenção no tal projeto é que não se sabe quais os critérios para a distribuição e que possivelmente ficará a cargo da Secretaria de Ação Social. “Adivinhem os sertanienses quem é titular daquela pasta? O sobrinho do prefeito. O que está sendo o preferido por ele para uma possível candidatura à sua sucessão. Nada mais conveniente para Sertânia”, esclarece o site.
O vereador Junhão, apesar de ter aprovado o projeto 020/2023 por unanimidade, questionou sobre os critérios para escolha das famílias beneficiadas e obviamente estranhou o ano que foi criado o projeto, ou seja, em ano eleitoral.
“O prefeito teve oito anos, inclusive em ano de pandemia para criar este projeto, na pandemia pessoas estavam precisando de socorro do município e ele não “pensou” em criar esse projeto e por que só agora em 2024 em ano eleitoral? É a institucionalização do assistencialismo barato. Quem vai fiscalizar essa imoralidade?”, disse um morador de Sertânia, indignado e atento ao projeto.
“Tudo isso é fruto de uma gestão que durante os 8 anos nada faz para mudar a vida das pessoas em Sertânia, que sequer teve a capacidade de tirar do papel o tão prometido distrito industrial, o que seria a possibilidades das pessoas terem seus próprios empregos e não depender desse tipo de assistencialismo barato”, finaliza o blog.
Resta não só os filhos de Sertânia abrirem os olhos, mas também o Ministério Público e a Justiça Eleitoral.